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Preço médio de Learning Management System (LMS)

12/08/2009

Enquanto não encontro referências deste tipo no Brasil, contento-me em fazer comparações com o que existe lá fora. Obviamente, por lá fora, em se tratando deste tipo de tecnologia, entenda-se, EUA.

Existem diversas formas de comercializar um LMS. E existem diferentes tipos de clientes que demandam estes serviços. No Brasil, como não poderia deixar de ser, a Gestão de RH ainda se mostra bem antiquada e para aqueles que são estudiosos do assunto, às vezes bate uma grande angústia de ver como os estudos e a literatura avançaram tanto, mas a prática continua tão anacrônica. Para aqueles que trabalham em empresas de menor porte ou que atuam apenas localmente, este abismo é ainda mais perceptível.

Mas voltando ao assunto (esta introdução foi apenas um gatilho para discussão), o mercado de LMS no Brasil já está sensivelmente desenvolvido, a ponto de nascer uma empresa fornecedora a cada esquina. Existe o lado bom da história, afinal, popularizar este tipo de serviço é ótimo! E existe o lado mau, pois nem todos prestam serviços de forma adequada.

Os preços variam conforme o tipo de serviço e o tipo de cliente, conforme a tabela a seguir:

Para aplicações oferecidas como serviço (SaaS):

  • 500 usuários: US$ 68.977,00
  • 10.000 usuários: US$ 314.444,00
  • 25.000 usuários: US$ 568.201,00
  • 100.000 usuários: US$ 1.288.054,00

Para sistemas instalados em data-centers ou no escritório do cliente:

  • 500 usuários: US$ 48.231,00
  • 10.000 usuários: US$ 260.569,00
  • 25.000 usuários: US$ 488.076,00

Estes valores foram divulgados pela Brandon Hall em 2008 e equivale ao preço acumulado durante 3 anos de prestação de serviços. A pesquisa inclui 92 provedores de LMS, alguns deles atuantes no Brasil.

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Howto Prezi em português (parte 1)

01/08/2009

No meu dia-a-dia na Spemsa costumo dividir as tarefas de montar apresentações, internas ou para clientes, com membros de minha equipe. E uma vez que descobri o Prezi e não penso mais em usar o Power Point, é preciso que todos do meu time saibam mexer adequadamente. Por isto, decidi escrever uma série de tutoriais sobre o Prezi em português, haja vista que os tutoriais dele são em inglês e alguns requerem não somente ler, mas ouvir.

Nesta primeira parte será englobado:

  • Navegação na sua apresentação
  • Visão geral dos comandos para edição

Navegação na sua apresentação

Caso ainda não tenha preparado uma apresentação sua, vale testar estas dicas de navegação na apresentação acessando um dos exemplos existentes no showcase do prezi, no link: http://prezi.com/showcase/. Minha sugestão: veja o exemplo de um currículo preparado na ferramenta: http://prezi.com/126312/view/#1. Impressiona, não?

Seguem as dicas:

  • Você não deve usar as setas, como no power point. No Prezi, as setas posicionam o elemento selecionado na tela, ou seja, ajusta sua posição mais para direita, esquerda, para cima ou para baixo.
  • Para passar “de um slide para outro” (este conceito simplesmente não existe no Prezi, mas vamos usá-lo como forma de manter a facilidade na comunicação) – basta usar os botões page up/ page down ou tab/ backspace para avançar e retroceder
  • Se preferir, uma barrinha de navegação no rodapé apresenta as setas para você guiar sua apresentação, é escolha sua.
  • Em qualquer momento, você pode usar o mouse para “caminhar” na sua apresentação, quer seja para voltar a um ponto, adiantar para outro ou mostrar algo que não está aparecendo no fluxo da sua apresentação (sim, você pode ocultar algo e apresentar somente se o fluxo da sua conversa for favorável a isto – apenas lembre-se onde colocou o objeto para não ficar perdido durante sua apresentação)
  • Use o scroll do mouse para aumentar ou reduzir o foco nos objetos de sua apresentação. Se achar mais conveniente, os números 1 e 2 e o espaço servem para isto também. Isto é extremamente interessante no caso de usar print screen de telas, por exemplo. Às vezes, a leitura não é nítida quando o objeto é focalizado, mas um pequeno zoom lhe permite mostrar os detalhes de uma ou outra parte da imagem
  • Clique nos objetos existentes na apresentação e eles ganham foco imediatamente
  • Se quiser fazer os objetos girarem, basta pressionar 3 ou 4, cada um faz os objetos girarem para um lado
  • Pressione 0 (zero) e você verá a apresentação em tela cheia. Para retornar, basta pressionar Esc

Visão geral dos comandos para edição

Os comandos no Prezi ainda são limitados e muitas coisas, você irá perceber, tem de ser otimizada planejando como será montada a apresentação. Num dos posts desta série irei falar sobre “melhores práticas” para otimizar o trabalho. Por ora, vamos focar no menu do Prezi.

O menu é diferente, na forma de “bubbles”, ou seja, bolhas. São bolhas aninhadas e ficam à esquerda da tela quando se está no modo de edição. Se eventualmente você estiver no modo de edição e o menu não estiver aparecendo, experimente pressionar a tecla m. A tecla m é usada para esconder e fazer ressurgir o menu no modo de edição.

O menu é como qualquer outro menu de aplicação. A única mudança conceitual é sua apresentação. Segue a mesma idéia de aninhamento dos menus convencionais, agrupando funcionalidades. E está dividido da seguinte forma:

  • Place (lugar/ posicionamento)
  • Style (estilo)
  • Show (mostrar/ visualizar)
  • File (arquivo)

Para ativar um item do menu, basta clicar nele. Para ativar um subitem, basta clicar no subitem, clicando na bolha correspondente à função desejada para execução. Caso se deseje desativar a função, basta pressionar a bolha Place ou a tecla Esc. Isto é bastante útil no processo de edição, pois permite que se continue navegando pela apresentação para verificar o que se fará em seguida sem nenhuma ação sendo tomada.

Por ora, vamos a uma visão geral de cada um. O Place traz funcionalidades relacionadas ao posicionamento de objetos na apresentação.  Isto inclui adicionar linhas, áreas, imagens, vídeos, arquivos, textos, além de definir a ordem de apresentação dos objetos (similar à definição da ordem dos seus slides no Power Point, mas o conceito aqui é diferente).

O Style permite que você escolha o estilo de apresentação. Teste todos, sem medo. Basta voltar ao que mais agradou, não estragará o trabalho feito. Alguns estilos não permitem adicionar acentos e caracteres típicos do nosso vocabulário. Alguns são mais sóbrios, outros mais descontraídos. Infelizmente, a ferramenta ainda é limitada quanto ao uso de fontes, cores e estilos.

O Show permite que você visualize como anda sua apresentação. Será como ela ficará no final das contas. Use as teclas de navegação para verificar se o fluxo está adequado. Cheque a resolução das imagens. Pressione Esc para voltar à edição.

Já o File permite você salvar seu arquivo (lembre-se de que você está conectado à internet e agora, além da possibilidade de seu computador travar, existe a possibilidade de a internet cair) e fechar sua apresentação. De toda forma, se sua apresentação estiver salva, não se preocupe, pode fechar o navegador à vontade e não perderá seus dados.

Nos próximos posts pretendo falar sobre:

  • Cadastro no Prezi.com
  • Navegação pelo site e seu perfil
  • Bolhas do Place
  • Melhores Práticas (dicas úteis)

Até breve!

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Twitter como fonte de informações

29/07/2009

Muito se tem falado sobre o Twitter e a maioria das pessoas com quem me relaciono ainda não constataram uma forma de utilizá-lo de forma positiva. E como engenheiro de computação e empresário do mundo de tecnologia, relaciono-me constantemente com pessoas entrosadas no assunto tecnologia, o que me faz pensar seriamente se é apenas mais um modismo mesmo.

Não me posiciono como um defensor de tecnologias ou empresas pelo simples fato de apreço pela marca, mas o faço quando considero de fato útil. E enxergo assim o Twitter, motivo pelo qual quero compartilhar meu “caso de sucesso pessoal”.

Sou usuário há cerca de dois meses. Confesso que quando vi a interface da aplicação, fiquei inteiramente decepcionado e achei uma porcaria. Se não fosse por conta do meu objetivo profissional de buscar novas mídias para geração e transmissão de conhecimento, acredito que teria parado no momento em que vi a interface do site deles.

Mas fui além e comecei a vasculhar o Linkedin buscando comentários de outros usuários acerca do uso do Twitter, quer seja pessoal, quer seja profissionalmente. Fui no Q&A do Linkedin e encontrei varios comentários e discussão calorosa a respeito.

Então me deparei com o TweetDeck. Aí sim, compreendi que poderia haver utilidade no Twitter. Com uma interface amigável, consegui separar em grupos de meu interesse as fontes de informações. Então, consigo visualizar constantemente as informações provenientes de portais, revistas e pessoas que disseminam informações de qualidade em Gestão do Conhecimento e TI. Concentro informações de cunho pessoal em outra área. E por fim, informações do trânsito da minha cidade noutra.

É interessante constatar que:

  • A Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro tem um intenso trabalho de atualização do seu twitter, tremendamente útil e que já me possibilitou escapar de problemas em horários de rush (www.twitter.com/cetrio_online
  • Existem diversos “gurus”, sobretudo no mercado americano, que usam constantemente a ferramenta e provêm informações valiosíssimas para quem lida com TI e Gestão do Conhecimento e Pessoas. É possível buscá-los no próprio Twitter ou no TwitterGrader. Existem especialistas em diversas áreas usando o Twitter ativamente
  • O Twitter acaba substituindo o RSS, com a vantagem de ter a mesma funcionalidade, mas cobrindo seus amigos e pessoas comuns que escrevem com qualidade

Um detalhe interessante: como ferramenta de relacionamento, estilo Orkut, Facebook e outros, o Twitter acaba sendo muito sacal, no meu ponto de vista desnecessário.

Por fim, uma vantagem de aplicações como o TwitterDeck é poder usá-lo em outras plataformas, como smartphones – e resolver aquele problema sério de ter de carregar um livro ou ler revistas no estilo Caras em salas de espera. E o fato de permitir gerenciar diversas contas facilita a vida de quem quiser utilizar o Twitter como forma de divulgação da sua própria empresa.

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Aprendentes do Século XXI/ Learners of the 21st Century

20/07/2009

English version link

Uma grande dúvida que paira no ar de quem se preocupa com um futuro promissor na carreira é: o que devo saber para continuar progredindo, ter novas oportunidades, não ficar obsoleto? Uma pergunta que hoje é tremendamente difícil de ser respondida.

A sociedade norte-americana de treinamento e desenvolvimento possui um blog que traz, a cada mês, uma pergunta daquelas que nos fazem refletir profundamente. A deste mês é: que habilidades o profissional da sociedade do conhecimento deve possuir? E minha forma de responder a esta pergunta é justamente falando dos aprendentes desta nova era.

Vejamos alguns números da Deloitte apresentados por Nick Van Dam no Elearning Brasil 2009:

  • 60% das novas posições disponíveis requererão habilidades possuídas por apenas 20% das pessoas atualmente
  • 79% das empresas vêem um gap de conhecimento significativo em seus profissionais; 40% crêem que este gap é bastante preocupante
  • Os profissionais da atualidade atuarão em 11 a 13 diferentes empresas

Vamos analisar estes dados com mais detalhe. Se 60% das novas posições precisarão de habilidades que não dominamos hoje, isto significa que precisamos estar preparados para aprender algo que nem sequer temos noção da necessidade na atualidade.

Os profissionais estão, na maioria das vezes, correndo atrás do prejuízo, buscando aprender e se capacitar para exercer suas atividades correntes. O que dirá do que vem no futuro?

E o mais complicado para as empresas: os profissionais adquirem conhecimento e vão embora!

Os profissionais de RH e os que lidam com treinamento e desenvolvimento já estão cientes destes números há algum tempo, vivenciando o que eles significam, buscando correr contra o tempo e se engalfinhando por cooptar os melhores profissionais. E em determinados casos, são poucos os profissionais realmente capacitados para a função a que estão destinados, muitas vezes requerendo mais investimentos da empresa na sua qualificação.

Enfim, toda esta volta para chegar à questão crucial: todos nós, profissionais da sociedade do conhecimento, sofremos uma pressão intrínseca a estes tempos de aprender, desenvolvermo-nos, assimilar mais e mais conteúdo com uma velocidade cada vez maior. Precisamos ter características como resiliência, foco, administração do tempo, facilidade de aprendizado, organização e elevada capacidade de prestar atenção. Todas estas características de profissionais capacitados a compreender o mundo a sua volta, engajados em aprender mais e em cada momento de suas vidas, sendo eficaz em assimilar o mais importante, no momento certo de sua carreira.

Um desafio e tanto para os aprendentes do século XXI. Nada que a geração acostumada a ver TV, teclar no MSN, falar ao telefone e navegar na internet ao mesmo tempo não possa superar.

English Version

There is a big deal in these days that annoys people worried about their career: what people must know in order to progress, have good opportunities, do not become obsolete? A very tough question.

ASTD (American Society for Training & Development) launched a blog that raises a monthly question intended to make us come to think of people development.  This month the question is: in a Learning 2.0 world, where learning and performance solutions take on a wider variety of forms and where churn happens at a much more rapid pace, what new skills and knowledge are required for learning professionals? My way to answer that question is to talk about the Learners of the 21st Century.

Let’s examine some Deloitte’s numbers presented by Nick Van Dam in the Elearning Brasil 2009 congress occurred in the last June.

  • 60% of new positions will require skills and abilities existent in less than 20% of people today
  • 79% of the studied companies notice a significant knowledge gap in their employees; 40% of these companies are very apprehensive about it
  • An average people are going to work in 11 to 13 different companies.

Let’s look into these numbers. If 60% of new positions will require new skills and abilities, it means that we have to be prepared to learn things we don’t even have an idea of.

The average people seem to be always trying to catch up to the demands of learning and experience to be able to execute their activities. What to think about the future demands?

And, even more complicated to organizations: people acquire the required knowledge then leave!

HR and T&D professionals have been aware of these numbers for a long time, living them in practice, suffering their meaning daily and struggling to gather the most talented people. In some areas, there are few really talented people what requires investments from the company in preparing people to the position.

Hence, we get to a crucial point: we – Knowledge Professionals in the Knowledge Age – are exposed to an unprecedent pressure to learn, develop, assimilate more and more knowledge as soon as possible. We need to be resilient, focused, organized, manage our time very well, learn easily and have a great capacity of paying attention to what we are engaged in. All these characteristcs will make us able to grasp the meaning of the world around us and lead us to learn more and more at each and every moment of our lives, being effective in absorbing what is more important, in the right moment.

A big challenge to us, Learners of the 21st Century. But nothing really challenging to people used to watch TV, chat, talk on the phone and surf the web at the same time.

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Esqueça o Power Point!

03/07/2009

Sim, foi decretado o fim do Power Point. Após longos anos de hegemonia da ferramenta em apresentações profissionais, finalmente surge um equivalente que o supera, aliando funcionalidades avançadas e facilidade de uso, aspectos fundamentais para desbancar a poderosa ferramenta da Microsoft.

Seu nome é Prezi e vem no bojo das estonteantes aplicações da Web 2.0. É gratuito, portanto, a qualquer momento pode-se começar a usá-lo. Em menos de 4 horas montei minha primeira apresentação de trabalho. E o resultado valeram bons elogios.

A idéia da ferramenta é montar um arquivo Flash executável. Para quem já trabalhou com Flash, sabe do poder que esta ferramenta possui para tornar apresentações realmente atrativas. A vantagem do Prezi é que é tremendamente mais simples de mexer que o editor padrão da Adobe. Alguns comandos simples e já se consegue algo diferenciado.

Os conceitos são simples:

* Esqueça os bullets, trabalhe com destaques para sua assistência
* Aumente, reduza, destaque, estique. De uma forma simples mas impactante, mostre o que é realmente importante
* Abuse de imagens e animações de forma fácil, tornando muito mais atrativa sua mensagem
* Use vídeos para apresentações online

O mais complicado de usar a ferramenta é o fato de ter todo seu manual ainda em inglês. Se alguém quiser uma ajuda, entre em contato pelo twitter (_leonardocoelho) e darei um apoio.

Para visualizar exemplos dos resultados que se pode obter, visite: http://prezi.com/showcase/